No passado dia 01 de Abril, a Fundação para a Saúde - FSNS em parceria com a Universidade de Évora e Jornal de Notícias organizou a segunda conferência dos Estados Gerais - Transformar o SNS. A discussão e reflexão decorreu em torno dos Modelos de Cuidados de futuro, Modelos de Integração e Gestão em Saúde.
Remetemos o resumo da sessão efetuado pela Professor Doutora Anabela Pereira Coelho da Universidade de Évora.
O SNS, visto como Sistema complexo, não podemos olhar para a soma das partes da reforma dos CSP + Reforma Hospitalar + Reforma dos CCI. Exige-se a integração de cuidados clínicos e sociais pois são face de uma mesma moeda!
As interações são inerente aos sistemas privilegiando-se a relação de reciprocidade. No caso do SNS a continuidade de cuidados através do Plano individual de Cuidados (como o instrumento privilegiado e expressão da centralidade dos cuidados, do envolvimento do doente e família e da comunicação entre todos os cuidadores) é um reflexo evidente dessa interação reciproca. Ora transformar sistemas é transformar múltiplas interações em simultâneo pelo que é exigido uma abordagem sistémica desta transformação e não permitir fragmentação de ações através de “reformas”. Num sistema mexer num dos subsistemas altera necessariamente o seu todo
Organização: um aglomerado de pessoas/instituições não é um Sistema…Assim o SNS como Sistema exige ordem, organização e será tão mais complexa quão mais hierárquica for.
Abertura: Um sistema para manter a sua sobrevivência tem que estar em constate troca de energia/matéria/informação com o meio envolvente no tocante ao SNS esta realidade mantem-se exigindo deste uma permanente ligação com o cidadão (procurando oferecer novos modelos de cuidados que respondam às suas reais necessidades), com a comunidade cientifica (para ajustar, através da ciência, os cuidados às novas realidades tecnológicas usufruindo da transformação digital e da inteligência artificial).
8 ideias-chave
1.A Voz do Cidadão (a sua medida de saúde: PROM e PREM)
2.Prof. Qualificados com um novo “chip”/nova linguagem e novas formas de desenhar planos de cuidados
3.Financiamento baseado nos percursos do doente e não em produtos e atos
4.Rede Colaborativa Inteligente (utentes, voluntários, municípios,…)
5.Visão e Planeamento (não queremos ser como Colombo… )
- Queremos saber para onde vamos e como; Declarar ULS “Novas” e/ou Sist. Locais Saúde sem explicar Quando e Como fazer?
6.Saúde Digital (Nacional e Europeia)
7.Plano de Literacia da Administração Pública
- Estão a ignorar os diferentes diagnósticos (simples) já realizados…nada acontece!
8.Integração e Continuidade de acordo com complexidade
Até Coimbra!