Gestão da mudança no sistema de saúde e SNS

I - Gestão da mudança no sistema de saúde e no SNS

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As mudanças nos sistemas sociais complexos, como é o caso do sistema de saúde, são processos constantes. Entregues à sua evolução natural, estes sistemas tendem para a degradação, desagregação e desintegração por processos de entropia, por vezes acelerados pela ação ou competição predadora de agentes internos ou adjacentes.

Para contrariar e reverter esta tendência e para assegurar transformações adaptativas no sistema, será indispensável incorporar-lhe intencionalmente: “energia”; recursos materiais; informação e conhecimento – integrados e geridos por inteligência colaborativa e sabedoria sistémica. Para isso, são necessários: uma equipa dedicada à liderança e gestão da mudança; competências técnico-científicas para tal; uma estratégia para a mudança; um conjunto de instrumentos de apoio à pilotagem deste processo altamente complexo.

É necessário acudir às necessidades urgentes de recursos e de meios, no SNS e no setor social. E, ao mesmo tempo, conduzir uma transformação que vá além de meros ajustamentos estruturais e organizacionais ou do redesenho do modelo existente.

Como sublinha David Hunter (2018): “Num sistema complexo, a mudança é necessariamente adaptativa – no início do processo não há uma solução pré-definida. Ela emerge no decurso do processo de mudança”. A gestão competente deste processo deve ser participada pelos cidadãos, profissionais, investigadores, para além dos decisores políticos.